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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

TIMBRE – Guitarra e Violão (Publicada na revista Backstage na edição de maio de 2009)



TIMBRE – Guitarra e Violão

Se existe um assunto muito discutido entre guitarristas e violonistas, este com certeza é o timbre deste e daquele instrumento.

Não que pretenda com esta matéria colocar uma pedra sobre a questão – há divergências entre até os especialistas que conhecem muito sobre o processo de construção dos instrumentos, os luthiers. O que pretendo é ressaltar alguns pontos que julgo ser consenso para que nas nossas próximas compras, nós instrumentistas, sejamos no mínimo, mais conscientes.

Tenho dois instrumentos que realmente eu e alguns amigos músicos gostamos muito do timbre: uma guitarra Gibson Les Paul Custom 73, recentemente restaurada pelo Luthier Kleber Dias (e também guitarrista e cantor, atualmente fazendo um belo trabalho com o gaitista Jefferson Gonçalves com vários clips no youtube) e um violão Sávio com Pré-amplificador ativo Fishman® Prefix Pro Blend, dica do Fabiano Bastos, da BEND Representações, que sabe tudo sobre áudio.


Gibson Les Paul Custom e Sávio, respectivamente!









Vocês já repararam na madeira que é utilizada na escala destes instrumentos? Já notaram que este é o primeiro ponto de contato? Ao contrário do que a maioria acredita, a madeira que mais influencia a sonoridade de um instrumento não é a madeira do corpo, como muitos pensam, e sim a da escala, pois por ser o primeiro ponto de contato entre a corda e o instrumento é por onde a vibração passa primeiro para depois interagir com o resto do instrumento.

A madeira utilizada nos instrumentos citados anteriormente é o ébano. De origem africana, é uma madeira rara de difícil aquisição. Muitos acreditam que o som encorpado, mais grave, das Gibson venha da utilização desta madeira na escala. É evidente, no caso específico da guitarra, que o tipo de captador também influencia o timbre – Single Coils ou Humbucker, a propósito, e sem querer entrar em detalhes, foi a Gibson que criou este último tipo de captador.

Mas seria a madeira utilizada na escala a única variável determinante de um bom timbre de um instrumento?

Partindo do princípio que os bons instrumentos (os que soam bem aos nossos ouvidos) agradam mais porque quem os fabrica conhece bem o processo de fabricação, eu faço mais uma pergunta: que madeiras são utilizadas no corpo de uma Gibson, de um Sávio, de um CPPM? Ou um Taylor NS72CE. Um excelente violão cujo único “pecado” é o preço: $ 3538.00 (guitars.musiciansfriend.com). Risos.


Taylor NS72ce

A resposta é mogno (utilizado nas Gibson e na faixa e fundo do CPPM), jacarandá (utilizado na faixa e fundo do Sávio), pinho (utilizado no tampo do Sávio), cedro (utilizado no tampo do CPPM).



A maioria importada, já que a legislação ambiental vigente protege estes tipos de madeiras. Algumas em perigo de extinção, como é o caso do jacarandá da Bahia. É por isso que geralmente encontramos, na especificação do produto, termos como:

Taylor NS72ce

Tampo:                       Red Cedar (Cedro Vermelho)
Faixa e fundo:            Indian Rosewood (Jacarandá Indiano)
Braço:                         Mahogany (Mogno)
Escala:                        Ebony (Ébano)
Equalizador:               Pré-amplificador Fishman® Prefix Pro Blend

No caso do violão, o tampo, geralmente confeccionado em uma madeira diferente da utilizada na faixa e fundo, é que influencia mais o timbre.

Se não for possível adquirir um violão todo maciço, procure comprar um que possua ao menos o tampo. Via de regra, o fundo e a lateral, construídos geralmente de madeira mais resistente (como jacarandá, mogno e pau-ferro) têm por função direcionar o som para frente.

Estamos juntos!

Jornalista, Músico ( posição no Rank de Jazz da reverbnation.com/niltonvalle) e Funcionário Público Federal. Agraciado com o Prêmio Embaixador do Rio!http://twitter.com/niltonvalle e http://facebook.com/profile.php?id=1720013572

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